O presidente Reinaldo Leite de Camargo fez uso da Tribuna pela primeira vez desde que assumiu o comando da Casa Legislativa, para defender a construção de um Centro de Detenção Provisória (CDP) em Riversul. As vantagens serão muitas, segundo o vereador, a começar pela financeira, com a entrada nas contas da Prefeitura de parte do custo da obra, orçado em R$ 37 milhões. “Desse montante, cinco por cento seriam recolhidos como Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e ficaria para o município, algo em torno de R$ 1.850.000,00 (um milhão e oitocentos e cinquenta mil reais)”, destacou Reinaldo. A geração de empregos, uma das principais dificuldades enfrentadas por Riversul, seria incrementada com a chegada de um Cadeião, como o CDP é popularmente conhecido. “Serão dois anos de obras, com a contração de 200 funcionários da construção civil, com salários na casa de R$ 2.000,00 (dois mil reais mensais), morando em nossa cidade e gastando no nosso comércio”, argumentou. Outro ponto positivo na visão do presidente do Legislativo é a movimentação do comércio, com a compra de boa parte do material de construção a ser utilizado na obra dentro do próprio município, o que refletiria em maior arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com mais retorno percentual para a Prefeitura fazer investimentos. A licitação seria dirigida nesse sentido, segundo Reinaldo, como foi acordado em reunião com o secretário da administração penitenciária Lourival Gomes para apresentação da disposição do município de Riversul em receber uma unidade prisional, com a participação de seis vereadores em reforço à reivindicação do prefeito Vicentão Garcia. Para completar o leque de positividade, o Centro de Detenção Penitenciária precisaria de no mínimo 350 funcionários, entre diretores, agentes prisionais e funcionários administrativos, mais uma equipe de suporte extra, formada por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, psicólogos, farmacêuticos, dentistas e assistente sociais, entre outros. Recebendo salários em torno de R$ 2.800,00 (dois mil e oitocentos reais) mensais, injetando em torno de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) no comércio local. “Temos muitos recém-formados morando fora e muitos estudantes prestes a se formar que poderiam 'adH Ơ erências para voltar a Riversul, conforme acordado com o secretário”, acrescentou Reinaldo. Outro ponto acordado pelas autoridades na reunião como secretário Lourival Gomes foi a aquisição do material de consumo e alimentação para o funcionamento do presídio também em Riversul. “Seriam mais de um milhão de reais circulando no nosso comércio”, ponderou o presidente, citando ainda como ponto positivo a aquisição de verduras e legumes dos pequenos produtores rurais riversulenses, até um limite de R$ 1.000,00 (um mil reais), conforme programa específico existente com essa finalidade. “Entre outros pontos positivo, senhores, os funcionários que vão trabalhar nesse presídio, com certeza, vão querer morar com suas famílias em Riversul, uma cidade boa, acolhedora, a cidade da amizade”, ponderou Reinaldo, argumentando que além de gerar empregos e movimentar o comércio, essas pessoas vão ajudar a melhorar a arrecadação do município com maior recolhimento do ICMS. Além disso, como a população tende a aumentar, com a chegada de mais de mil detentos e a fixação de muitos funcionários, a população vai aumentar e aumentar também a arrecadação da Prefeitura com o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) repassado pelo Governo Federal, a maior fonte de arrecadação de Riversul. “Nosso índice de participação no FPM sairia de 1.0 para 1.6”, informou Reinaldo, citando ainda como benefício as melhorias que seriam obrigatoriamente implantadas no Sistema Básico de Saúde. Por fim, Reinaldo fez questão de desmistificar a colocação discriminatória de que os familiares que costumam visitar os detentos nos finais de semana são bandidos. “Isso é uma mentira muito grande, estou há 23 anos trabalhando como investigador de polícia e posso denotar que mais de 60% das pessoas que têm filhos internados em presídios são evangélicos, não são bandidos. Posso garantir... Essas pessoas também vão gastar no nosso comércio e fazer circular dinheiro no nosso município quando visitarem seus parentes”, ponderou. No entender de Reinaldo, as vantagens vão além, porque o Governo do Estado acena com diversos benefícios aos municípios que concordam em abrigar uma unidade prisional. “Nós estamos no fundo do poço, estamos sem saída e não podemos perder essa oportunidade”, argumentou Reinaldo, ao afirmar que também é irreal a afirmação de que a criminalidade aumenta. “O que aumenta é a segurança, com a vinda de mais policiais militares”, enfatizou. Por fim o presidente ressaltou que a vinda de um presídio é talvez mais importante do que a vinda de uma usina de álcool e açúcar, porque funciona e gira dinheiro o ano todo, todos os dias, enquanto uma usina tem funcionamento sazonal e os cortadores de cana passam seis meses sem trabalho, gerando custo social para a Prefeitura. “Uma indústria desse porte, que gere tantos empregos e benefícios, jamais será instalada em Riversul. Então, senhores vereadores, nós não podemos ter medo de defender a construção desse presídio, nós devemos esclarecer e explicar ao povo isso que eu estou colocando. As vantagens são bem maiores do que as desvantagens”, concluiu Reinaldo.